quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Reunião de 20/10

Resumo parte 1: Discutimos o nº 40 do cap. V do livro. Leitura bastante interessante que começa com a transferência cartesiana do ponto arquimediano para a mente do homem, o que deveria libertá-lo da realidade dada - de ser um habitante da terra - mas que não teve o efeito esperado de desfazer a dúvida universal da qual resultou. Fala sobre as descobertas dos sistemas da matemática não-euclidianas sem qualquer premeditação de aplicabilidade ou sequer de significado empírico que acabaram por adquirir surpreendente validade na teoria de Einstein. Que se a configuração do universo ou universos diferentes construída pela mente humana for comprovada, o homem poderá, por um instante, rejubilar-se com a a reafirmação da harmonia preestabelecida entre a matemática pura e a física, entre a mente e a matéria, entre o homem e o universo. Mas talvez não passe de um mundo onírico e que tem caráter de realidade somente enquanto dura o sonho. Novamente podemos nos rejubilar por haver encontrado a unidade do universo, apenas para suspeitar que o que encontramos talvez nada tenha a ver com o macrocosmo ou com o microcosmo, que lidamos apenas com configurações de nossa própria mente, a mente que projetou os instrumentos e submeteu a natureza às suas condições no experimento - impôs à natureza as suas leis, na frase de Kant.

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