segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Para a menininha Sílvia
O VENTO GLACIAL

Música soprando prá todos os lados.
Ruídos sonoros, assovios, gritos lancinantes.
Melodias novas,
acordes imprevisíveis,
dissonâncias que sustentam esperanças.
Escala do acaso.
E o vento sopra sem parar.
De onde vem e para onde vai?
Os sábios inventam a sua identidade e o seu caminhar.

E ele derruba, sem fadiga,

teorias, arvoredos, choupanas e mansões.
Não presta só para podar.
Mas espalha sementes e polens por ai,
no universo sem limites.
A vida, solfejam os cancioneiros,
nasceu da poeira cósmica e do amor.
Tupã, todo poderoso,
dono do trovão,
Senhor de todos os ventos,
receba nos teus braços,
todas as estações de meus suspiros
e meu desejoso infantil e compulsivo
de navegar no vendaval.
19/10/09 OCTOGENÁRIO VIEGAS

Um comentário:

  1. Viegas! arrasou... agora voce já é suficiente poeta e portanto bom psicanalista. Emê

    ResponderExcluir